
24.09.2020 – A Polícia Federal cumpriu 25 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe, na 75ª fase da Operação Lava Jato, sendo essa fase conhecida como Operação Boeman.
Dessa vez, são investigados contratos de licitação, assinados em 2011, para construção e afretamento de três navios lançadores de linha (denominados de PSLVs), destinados a a lançar e instalar linhas no fundo do mar, cujo valor alcança US$ 2,7 bilhões de dólares norte-americanos. É importante salientar que os contratos continuam em vigor até hoje.
A investigação parte da colaboração premiada de lobistas que interagiam com funcionários da Petrobrás e políticos que exerciam influência na gestão da empresa petrolífera, segundo o Ministério Público Federal.
Dessa vez, a empresa Sapura, que no Brasil é uma joint-venture resultante da união da Sapura Energy, da Malásia, com a Seadrill, dos EUA e do Reino Unido, é que está no olho do furacão. A Sapura é reconhecida como uma empresa de excelência, com navios equipados com sistema de lançamento de dutos flexíveis, capaz de operar em águas ultraprofundas com lâmina d’água de até 3.000 metros de profundidade.
A Sapura teria contratado o lobista Maurício Carvalho para conseguir informações privilegiadas junto a setores técnicos da Petrobrás para formular propostas com diferenciais que as tornassem vencedoras nos processos de licitação. Em paralelo, políticos pressionavam gestores da Petrobrás para incluir a empresa nos processos licitatórios.
A empresa vencedora da licitação subcontratou uma companhia holandesa para a execução do serviço licitado, que era representada por um dos empresários brasileiros sob investigação e que também realizou pagamentos ilícitos aos envolvidos. As autoridades holandesas estão colaborando com essa investigação.
O suborno alcança US$ 40 milhões de dólares norte-americanos e os indícios apontam crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
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