
23.12.2021 – Considerando as vicissitudes pelas quais o mundo atravessa, recém paralisado por uma das maiores pandemias da história, que além de ceifar a vida de milhões de pessoas, ceifou também a vida de milhões de empresas, que não suportaram o ônus da paralização e não estavam preparadas para o trabalho remoto, tornou-se necessário chamar a atenção para algo que muitas empresas desprezam que é o hábito de desempenhar avaliações de risco.
Obviamente que, dependendo do segmento de mercado, as avaliações de risco apontarão para diferentes perigos ou ameaças e até mesmo dentro de um mesmo segmento de mercado, tais perigos ou ameaças podem diferir significativamente.
Para tanto, precisamos diferenciar os conceitos de perigo e de risco:
Perigo | É tudo que possa causar danos, incluindo roubos, explosões, acidentes de trabalho, falta de energia, produtos químicos tóxicos, inundações, quebra de máquina, conflitos entre funcionários, falta de matéria prima, etc. |
Risco | É a chance de um perigo causar danos. |
Considerando esses dois conceitos, fica mais fácil entender que em um processo de avaliação de risco, são identificados perigos diversos, para, a partir de então, calcular-se a probabilidade de danos que os mesmos possam causar, ou seja, os riscos em potencial que a empresa deve enfrentar.
Ao se proceder a uma avaliação de risco bem feita, eis o que se espera encontrar:
1. Identificação e classificação dos riscos |
2. Determinação de como os danos poderiam ser causados |
3. Estabelecimento de um plano de medidas preventivas e medidas de remediação, caso os riscos sejam inevitáveis |
4. Comunicação consistente a toda a empresa acerca dos riscos identificados |
5. Implementação efetiva de tais medidas |
6. Revisão rotineira da avaliação de risco, considerando as mudanças do cenário diante do qual é feita a avaliação |
7. Criação de um histórico de riscos identificados no curso da existência da empresa |
Por outro lado, um equívoco muito comum em empresas transnacionais é não considerar cenários locais, seja sob a ótica legal, econômica ou social, tentando uniformizar riscos identificados em subsidiárias localizadas em outros países. Tais distorções comprometem severamente a credibilidade de avaliações de riscos, já que os resultados são moldados à semelhança de outras avaliações de riscos empreendidas em outros países, desconsiderando em absoluto os cenários locais, que poderiam tornar o risco inexistente ou altamente relevante.
Portanto, qualquer empreendedor com visão de negócio, sabe que a sua sobrevivência e o seu êxito dependem da estratégia de negócio a ser empreendida e de sua resiliência em enfrentar as adversidades que se confrontarão com o desenvolvimento do seu negócio. Dessa forma, a avaliação de risco torna-se essencial para viabilizar ao mesmo a adoção de ações preventivas que possam mitigar sobremaneira riscos significativos ao seu negócio.
Aquele que ignora risco tem uma enorme propensão de sucumbir diante de sua concorrência, afinal, remediar risco é muito mais difícil e oneroso que preveni-lo, quando isso é possível.
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