17.12.2020 – Em outubro de 2020, o Google, que pertence ao grupo Alphabet Inc., começava a viver o seu inferno astral, quando o Departamento de Justiça americano (US DOJ) e 11 Estados americanos (Arkansas, Florida, Georgia, Indiana, Kentucky, Louisiana, Mississippi, Missouri, Montana, South Carolina e Texas) o acusaram de criar e proteger ilegalmente o seu monopólio de pesquisa e publicidade em pesquisa. As ações indevidas seriam caracterizadas devido ao estabelecimento de negócios com parceiros gigantes como a Apple, operadoras de celular, como AT&T, T-Mobile e Verizon, e outros fabricantes de aparelhos e limitar a concorrência por meio de contratos e acordos comerciais exclusivos, tornando seu mecanismo de busca a opção padrão para os usuários incrementarem a sua participação no mercado de busca, em cerca de 80% (oitenta por cento).

Eis que foi anunciado em 16 de dezembro de 2020, que um grupo de Estados e Territórios americanos processou o Google, acusando-o de violação das normas antitruste, violando a livre concorrência, por expandir ilegalmente o seu monopólio ao se utilizar de palestrantes formadores de opinião, tecnologia de TVs e chegando até à tecnologia em veículos automotores, ao impedir que os concorrentes no mercado de assistente de voz alcancem os consumidores por meio de carros conectados. Tal iniciativa forçou a queda de 1% (um por cento) nas ações da Alphabet. Fazem parte desse grupo:

AlaskaArizonaConnecticutDelaware
HawaiiIowaIdahoIllinois
KansasMaineMarylandMassachussets
MinnessotaNebraskaNevadaNew Hampshire
New JerseyNew MexicoNorth DakotaOhio
OklahomaOregonPennsylvaniaRhode Island
South DakotaVermontVirginiaWashington
West VirginiaWyomingThe District of ColumbiaThe Territory of Guam
The Territory of Puerto Rico

O procurador do Colorado – Phil Weiser – foi enfático ao afirmar que o Google agiu violando as normas da livre concorrência da seguinte forma:

1. Ao se envolver em “contratos artificialmente restritivos” para dar “exclusividade de fato” na maioria dos canais de distribuição para pesquisa. Essa é a parte do processo que mais claramente reflete o posicionamento do US DOJ.
2. Ao negar aos anunciantes a capacidade de interoperar entre suas próprias ferramentas de anúncios e as dos concorrentes para anúncios de busca em geral, prejudicando os anunciantes.
3. Ao utilizar-se de “conduta discriminatória em sua página de resultados de pesquisa” para limitar a capacidade dos provedores de pesquisa verticais, como o Yelp e o Tripadvisor, de atingir os consumidores.

A empresa CNET informou que o Google é responsável por cerca de 90% (noventa por cento) do tráfego de pesquisa dos EUA. Isso gera quase integralmente os US$ 160 bilhões em vendas anuais da empresa.

Até o momento, o Google defendeu-se por meio de seu Diretor de Política Econômica – Adam Cohen, que escreveu em seu blog que “…o processo sugere que não deveríamos ter trabalhado para tornar a pesquisa melhor e que deveríamos, de fato, ser menos úteis para você“. Ele argumentou ainda que seguir o sugerido no processo “…prejudicaria a qualidade de seus resultados de pesquisa. E ocorreria às custas de empresas como varejistas, restaurantes, oficinas, companhias aéreas e hotéis cujas listagens no Google os ajudam a serem descobertos e a se conectar diretamente com os clientes. Eles teriam mais dificuldade em alcançar novos clientes e competir com grandes plataformas de comércio e viagens e outros agregadores e intermediários.” Cohen, ainda argumentou que as alegações trazidas no processo já teriam sido alvo de análise por autoridades regulatórias e tribunais ao redor do mundo, citando a própria FTC- Federal Trade Commission americana, autoridades de concorrência no Brasil, Canadá e Taiwan e tribunais do Reino Unido e da Alemanha; tendo todas as autoridades rechaçado o reconhecimento de alguma violação.

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