
28.01.2021 – Corruption Perceptions Index ou simplesmente CPI é um índice criado por uma organização não governamental denominada Transparência Internacional (www.transparency.org), que, dentre outras finalidades, se propôs a monitorar o progresso dos países no combate à corrupção em todo o mundo.
Trata-se de um trabalho sério e sem precedentes, que levou a algumas multinacionais a utilizar esse índice na classificação de risco de terceiros, sejam fornecedores ou clientes e até mesmo, de suas próprias afiliadas, de acordo com o país em que estejam situadas.
Na figura abaixo é possível visualizar o ranking global apurado e publicado pela Transparência Internacional para o ano de 2020:

Abaixo, pode ser encontrado o ranking dos 20 primeiros colocados:

Nova Zelândia, Dinamarca e Finlândia são países que tradicionalmente se revezam nas primeiras posições desse ranking, indicando a baixíssima incidência de corrupção nesses locais.
Nessas primeiras posições, não costuma haver muitas surpresas, na apuração de apenas um ano para o outro. Destaca-se, dentre esse grupo, na apuração desse ano, de maneira positiva, Dinamarca, Nova Zelândia, Hong Kong, Bélgica e Estonia; ao passo que, de maneira negativa, Finlândia e Áustria. Por outro lado, mesmo perdendo apenas 1 ponto no escore de percepção de corrupção, suas pontuações continuam consideravelmente altas, se comparadas com o restante das nações globais.
Na parte de baixo do ranking, encontram-se Somália e Sudão do Sul, ocupando a 179ª posição com um escore de 12, registrando-se, entretanto uma evolução na Somália, que em 2019 ocupava a 180ª e última posição com um escore de apenas 9, subindo, então, 3 pontos.

E o Brasil? O Brasil ocupou em 2020 94ª posição, elevando o seu escore de percepção de corrupção para 38, contra a 106ª posição no ranking com o escore de apenas 35 pontos, em 2019. No ranking abaixo, vemos a evolução do escore do Brasil desde 2019, sendo importante salientar que quanto maior o escore, menos corrupto é supostamente o país, segundo a avaliação da Transparência Internacional:

Apesar da melhoria apresentada pelo Brasil de 2019 para 2020, houve severas críticas da Transparência Internacional à perda de foco e ao desaparelhamento das instituições no combate à corrupção, sendo citadas especialmente a Procuradoria Geral da União e a Polícia Federal. Foram ainda citados a demissão do Ministro Moro sob queixa de excesso de interferência política, o caso do senador Flávio Bolsonaro e o caso do ex-vice líder do governo no Senado – Chico Rodrigues – flagrado com dinheiro na cueca, como exemplos de que o combate à corrupção esbarra em obstáculos que não deveriam existir… afinal, corrupção é corrupção, independente de quais sejam os agentes, corrupto e corruptor.
Aqueles que desejarem se aprofundar sobre o tema, podem visitar o website da Transparência Internacional, acima descrito e visualizar especialmente como se encontra o mapeamento da corrupção nas Américas.
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